quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

2000, nussinhora!

Hey, e só agora fui perceber que já chegamos a marca das 2000, ou melhor, 2044 visitas no blog "personagens-do-eu.blogspot.com" Ando tão atarefada  que tenho encontrado pouco tempo para escrever aqui. I'm Sorry!

Nada de extraordinário se comparado a outros blog's. Mas vou confessar que ainda me assusta o fato de saber que tem gente que gosta de ler o que escrevo, rs.
Na verdade, tenho muitas outras coisas para confessar a respeito deste blog.
A primeira delas é que já pensei em mudar este nome (personagens do eu)  no mínimo umas 152369787445122  de vezes. Rá
Às vezes acho este nome muito infantil, mas nunca consigo pensar em algo melhor.
Acho que tenho é preguiça de pensar em outro nome, hehe.
É difícil dar nome as coisas, eu acho.
O nome, apesar de ser "só um nome." Tem um poder simbólico muito grande, afinal, acaba se tornando parte da identidade da pessoa.

Preconceitos à parte, ou melhor, em toda parte, hehe, mas quem é que gostaria de se chamar Astrogilda, Jurubeba  ou Maria Marciânia?   (Deus queira que nenhuma pessoa com um destes nomes entre nesse blog, rá) =X
Tá entendo o que eu quero dizer?
o.O

Outra confissão, também já troquei 256978741258 de vezes o template de meu blog à procura de algo que pudesse expressar um pouco de mim. Algo relacionado com minha personalidade.
Resultado: Cansei de procurar e deixei o template todo branco. E por incrível que pareça foi o que mais gostei até agora.
# Conclusões:
1-Ou eu realmente não me entendo ou sou  bem difícil de se entender. (Oi?)
2-  Talvez o branco realmente seja a melhor cor para expressar um pouco de mim:
sem graça. básica, neutra...Contudo, segundo a física o branco é formado por outras sete cores:Vermelho, alaranjado, amarelo,Verde, Azul, Anil e Violeta. (Viu só como tô aprendendo? hehe)
Sakô!? Pegou a idéia?

^^
 últimas confissões de hoje...
- Já escrevi só para aliviar dores emocionais.
- Não gosto de Rêler o que escrevo, pois sempre acho patético depois de um tempo.
- Gosto de escrever. Embora não saiba fazê-lo muito bem.
- Escrever hoje tornou-se uma terapia para mim. Escrevo, e tento aprender com aquilo que escrevi.
- Ás vezes tenho uma idéia brilhante para usar em meu texto. Depois descubro que minha idéia não era tão brilhante quando percebo que outras pessoas pensaram a mesma coisa.
 E acabo me acômodando e deixando de escrever o que queria.
- Já quis escrever sobre tudo e acabei não escrevendo nada!
- Tenho muitos textos guardados que não tive coragem de postar. Um dia talvez...
- Tudo que escrevo não é meu. São conhecimentos adquiridos atráves de livros. 
Clichê de hoje: - Você é aquilo que você lê. Fato!

- E omais óbvio de todos: - Sou clichê. I Love Clichê!

E por fim...

Confesso que minha sinceridade e meu coração é que me fazem escrever tudo o que posto aqui...

Sinto, logo escrevo!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Ame um animal

Lembro-me de quando falava que odiava gatos. Eu os achava muito falsos. “Eles vão chegando aos pouquinhos, te dão carinho e quando você menos espera te dão o bote e te deixam um enorme arranhão de presente.”
Era assim que eu pensava antes de ter uma gata, rs.
No ano passado tive uma experiência onde fiquei um período convivendo com gatos que acabei gostando da experiência. Os achei tão fofinhos e companheiros, manhosos e, bem... adorei.
Há mais ou menos seis meses atrás apareceu uma gatinha pequenina na minha “antiga casa.” Devia ter aproximadamente um mês de vida, por ai.
 Ela é toda branquinha, mas o rabo é meio preto e bem peludinho, tem olhos azuis.
Não sei por que, mas logo que a vi não quis mais largar. Achei a coisa mais fofa do mundo. Tratei de dar um banho e um nome, é claro: Sophia!
Ninguém acreditava que eu realmente ia querer ficar com aquela gatinha.
Comprei um cestinho, ração, coleira, e tudo mais que ela precisava naquele momento.
Fiquei cuidando dela. Até que um dia ela sumiu.
Fiquei muito triste, pois quando cheguei da faculdade me deram a notícia de que ela tinha fugido. Não entendi porque ela teria fugido, eu cuidava bem dela, acho.
Passaram um, dois, três dias... uma semana!
E adivinhem quem apareceu de novo?
SOPHIA! (com PH heim!?)
Hahaha,  fiquei feliz em tê-la de volta. Só então fui perceber o quanto já estava ligada a aquele animal.
Então me lembrei do quanto que eu tinha preconceitos com os gatos e olha só, hoje minha gatinha já está bem grandinha. Ela ainda era um bebê quando chegou. (hehe)
Ela é linda e muito danada também. Adora morder as coisas, os pés principalmente, mas não é toda hora, hoje ela já parou mais com isso. É muito manhosa. Dizem que os animais imitam os seus donos. (hehehe)
Ahhh,  é bem gordinha também. Uma fofura! (Nem vem que eu já emagreci tá? U.U RS)
O fato é que Sophia me mostrou que ás vezes nos privamos de certas experiências que podem nos trazer muita alegria por preconceito ou outras coisas bobas. E também me ensinou que devemos deixar aquilo que amamos livre para fazer suas escolhas e Sophia por algum motivo voltou pra minha vida.
Sophia é muito companheira. Às vezes quando me sinto só, parece que ela sente e logo trata de deitar junto comigo. Como se ela, ou sei lá, a vida estivesse me dizendo que há muitos motivos para ser feliz. Até mesmo nas coisas pequenas e que muitas vezes consideramos insignificantes.
Os animais são os únicos seres capazes de te dar amor incondicional, quer dizer, fora o amor de mãe como dizem, né?
Mas é impressionante, às vezes cobramos amor de pessoas que não podem nos dar. Não que não queiram, mas como li outro dia: “Tem pessoas que nos amam, mas não sabem como demonstrar ou viver isso. O que não significa que eles não nos amem com tudo o que podem.”
Às vezes queremos ser amados à nossa maneira. Mas isto está fora da realidade humana.
Descobri que não existe amor incondicional, exceto, o amor de mãe como falei.
Descrevendo de forma bem patética o amor, o amor de forma geral. Posso dizer que ele é uma plantinha que precisa todo tempo de cuidados para continuar crescendo saudável. Se a gente pára de cuidar, ele morre. E se a gente cuida muito, também morre. É preciso saber dosar a quantidade de cuidados para que assim cresça forte e saudável.
Mas tá bom de falar disso...hehe ¬¬º
Tem certas coisas que por mais que a gente fale ou que até mesmo saiba, não adianta. Só se aprende realmente com as experiências.
Por isso ame um animal. Tudo bem que eu realmente estou cheia de marcas e arranhões de SoPHia, porém, nada se compara a alegria que ela me proporciona.
Os animais vão te amar sempre. Mesmo quando você não lhes der muita atenção ou quando você brigar com eles por conta de alguma mau-criação. Até mesmo quando você estiver cansado, mal-humorado, não importa. Eles te amarão sempre.
Ahhh, já ia esquecer de dizer que minha casa agora vive rodeada de gatinhos candidatos a tirar a virgindade de minha gatinha, rá.
Sophia é muito disputada, eu já disse aqui que os gatos se espelham nos donos?
hauaushuash, brincadeirinha. (tá se achando!)
É puro ferormônio, instinto selvagem... hehe
Eu já conversei com ela e tal’s, passei os papos, haha.
- Juízo minha filha, juízo! Oieoieoioe
Minha avó diz que sou doida de ficar falando com uma gata.
Às vezes acho que sou mesmo, hahaha.

Acho que studar da afetando meu juízo.É, eu tenho juízo gente!
Só esqueço de usar de vez em quando, êêhh!opaksppaks

Sério, a rotina tá me matando, mas eu supero. Certeza!
bjitos Gente!

 p.s tenho que ir, pois agora o tempo é cronômetrado, rs. PeloamordeDeus!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Chora Brasil

Não há como assistir os noticiários e se mantêr impune a comoção gerada pela tragédia que assola a região Sudeste do País.
Mesmo estando aqui na porção norte  e tendo que acompanhar tudo pelas telinhas, é quase humanamente impossível não deixar se tocar pela onda de desespero que estão passando os moradores daquelas áreas atingidas.
Pais que ficaram sem filhos, filhos que ficaram sem pais, famílias inteiras que se foram, amigos, vizinhos, parentes...
Histórias de uma vida inteira que se perderam em meio aos destroços.
Aqueles que conseguiram ao menos ficar com suas vidas, ainda conseguem agradecer por tal feito. Mesmo sabendo que a partir deste incidente terão de recomeçar a vida do zero, do nada.
A canção do poeta faz o fundo musical da nova vida destes,  “Caminhando contra o vento sem lenço e sem documento, eu vou...”
E a gente fica aqui do outro lado  tentando acreditar que tudo isso está acontecendo aqui no nosso país.
Mas sempre vem aquele velho papo de observar “o lado bom das coisas ruins.”
Eu fico a me perguntar se é possível que alguém que esteja acompanhando os acontecimentos no Rio, ainda tenha coragem de reclamar quando tiver que comer a comida de ontem que está na geladeira.
Ou que vai xingar os céus quando se molhar com aquela chuvinha fina de fim de tarde.
Ou que vai culpar Deus por não ter a vida “boa” que gostaria de ter.
Não há como não deixar se tocar por tudo o que nós brasileiros estamos presenciando, mesmo que de tão distante.
Nem a mais fria das criaturas...
Contudo, tem gente que só consegue ver aquilo que lhe está diante dos olhos.
Eu ouvi alguém dizer: -“É o fim dos tempos, este mundo está perdido mesmo.”
Os fatos mostram muito mais do que revelam as imagens da tragédia.
Casas, pessoas, e cidades destruídas me fizeram acreditar que o ser humano não é tão cruel como muitas vezes parece ser...
Ao contrário, me fizeram ver que o individualismo que a cada dia se torna mais expressivo em nossa sociedade não foi capaz de destruir o sentimento de solidariedade.
Eu vi no meio daqueles destroços, pessoas que deixaram suas casas para estar ali naquele lugar ajudando aqueles que tanto precisam de ajuda.
Eu vi uma senhora que foi salva por seus vizinhos sendo puxada por uma corda.
Vi a história de um pai que foi capaz de suportar horas soterrado, abraçado ao filho ainda recém-nascido para protegê-lo.
Vi uma criança que sem entender exatamente o que acontecia, sorria.
Vi alimentos e roupas chegarem de todas as partes do país.
Vi Também uma jornalista que deixou o profissionalismo de lado quando não mais pode se contêr diante de tanto desespero, e chorou diante das câmeras.
Vi vizinhos e/ou desconhecidos abrigando pessoas em suas casas...

E tenho absoluta certeza de que aqueles que conseguiram sobreviver a tragédia, jamais entenderão a vida da mesma forma que antes do acontecido.
Não é necessário que aconteçam tragédias como estas para que possamos perceber o quão frágil é a vida. Que este corpo de carne e osso não é nada a não o ser o que já foi dito.
Mas que apesar de tudo devemos ser gratos pelo pouco ou pelo muito que temos.
E que estar vivo pode ser a maior benção de todas. 

Agora só nos resta torcer e pedir aos céus, a Deus, ou a seja lá o quê que tu acreditas em favor daquelas famílias. Que elas encontrem paz e força para recomeçar.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

E do chão não passa!


Cartão vermelho! rs
Demorou mas saiu. Depois de um longo período de obras terminaram de pavimentar minha rua, novamente.
A rua, que antes era motivo de tantas reclamações, e causa de tantos acidentes. Agora está pronta para uso novamente.
Toda bonitinha, com ciclofaixas, sinalização... Uma rua, ou melhor, rodovia decente. Rs
Mas o que anda me preocupando, é o fato de que agora que a rua está bem pavimentada é normal ver carros em alta velocidade.
Mês passado aconteceu um grave acidente aqui pertinho de minha casa que resultou em duas mortes e uma faixa de pedestres.
E como se não bastasse os carros ainda tem as bicicletas.
É impressionante gente, esse povo não tem jeito. É só melhorar que o povo já quer abusar. Tem ciclista que pensa que ao invés de uma bicicleta está montado numa moto 0 km, só pode. Não sei pra quê tanta pressa. Andam na contramão, não respeitam os pedestres, enfim...
Ontem mesmo eu fui vítima de um desses ciclistas que andam com motor de seis cavalos, haha.
Agora eu estou numa vibe de “vida saudável.” Já cortei o refrigerante, o pão, entre outras besteirinhas de minha alimentação. E para complementar, estou me exercitando todos os dias. Pedalando e correndo.
Ontem eu estava indo feliz e sorridente praticar meus exercícios, montada em minha bicicletinha, quando outro ciclista que vinha no sentido oposto ao meu, decidiu ultrapassar outra bicicleta, vindo em minha direção.
Quando percebi tentei frear minha bicicleta, mas não deu tempo.
Ai você já pode imaginar o que aconteceu, né?
Pimba! Uma baita de uma colisão.
Eu simplesmente voei de minha bicicleta...haha.
O mais engraçado, é que quando percebi que íamos colidir ainda deu tempo de pensar:
- Caracas, vou me acabar nesse asfalto.
Hahaha
Levantei-me tão assustada, e tratei de verificar se estava tudo no lugar, rs.
Por sorte estava. Apenas um arranhão bem grande na barriga, um hematoma na perna esquerda, um joelho ralado, e um pequeno machucado nos lábios.
Por “sorte” cai para o lado da calçada, caso contrário, se estivesse caído para o centro da rua, é provável que nem estivesse mais aqui neste mundinho. A Rodovia estava muito movimentada, horário de pico.
Juro que me deu uma vontade enorme de xingar o fulano que me fez esborrachar no chão.
Mas por sorte dele sou uma moça educada. U.U (hehehehe)
Minha reação:
Ô moço, você não sabe que sua faixa é a outra não?
Resposta: Cri, cri, cri...
E nem me ajudou a levantar, rs.
Beleza...
O fato é que agora ando com todo cuidado do mundo. Olhando atentamente se não tem nenhum apressadinho querendo ultrapassar. Dá até medo agora de sair de bicicleta mesmo tendo ciclofaixa e sinalização. Pode?
Mesmo assim, continuo praticando meus exercícios diariamente. Tenho umas metas para cumprir este ano.
Contudo, hoje mesmo vi umas duas ou três pessoas andando do lado errado da faixa.
Por mais que eu tente não me contaminar isto me deixa muito irritada...
Custa andar direitinho pow?
É muita falta de responsabilidade...
Além de se prejudicar, você ainda coloca a vida dos outros em risco, o que é ainda pior.
Eu prefiro andar devagarzinho, dá até para ir observando a paisagem, rs.
Do que correr o risco de ficar sem uma perna, um braço ou até mesmo sem minha vida.
Ou ainda por cima colocar a vida dos outros em perigo.
Então por favor, gente.
Seja de carro, moto, bicicleta ou a pé.
Respeite as leis de trânsito, respeite seu próximo.
Vale a pena viver!

domingo, 9 de janeiro de 2011

♫♪

O que fazer quando Caetano, Marisa Monte, Ana Carolina, Djavan, Nando Reis e Zeca Baleiro, decidem fazer um complô contra minha noite de domingo?
Deitada nesta cama, tentando dormir. E vocês ai, cantarolando belas canções na minha humilde cabecinha.
É covardia, como querer dormir quando se tem algo tão bom pra me manter acordada?
Quando se tem este sentimentalismo racional me invadindo por completo.
Não me resta fazer nada a não ser me render e sentir o prazer que cada
Melodia, letra e refrão me traz.
Na verdade, não consigo imaginar minha vida sem este alimento espiritual gratuito que é a música.
Certeza que minha vida seria em escala de cinza.
Obrigada poeta, obrigada compositor, obrigada violão, obrigada voz, obrigada ritmo, obrigada refrão, obrigada letra...
Por tornarem minha vida ainda mais colorida.

Me dê a mão vamos sair pra ver o sol...♫♪

Tem certas coisas que acontecem em nossa vida que tem o poder de bagunçar tua vida por completo.
Diante de dificuldades há duas escolhas: se entregar ou lutar .
Por vezes pensei que quando coisas do tipo acontecessem em minha vida eu me entregaria. 
Eu já até podia imaginar minha vida como daquelas protagonistas sofredoras de "novela das 8."
Às vezes penso que eu gostava de sentir isso. Esta vontade de sofrer.
Gostava de romancear  minha vida igual a uma novela.
Mas descobri depois de um tempo que a vida é tão curtinha, mas tão curtinha,
que não dá pra perder tempo com fingimentos. NÃO MESMO!
Foi Shakspeare quem me disse que "Depois de um tempo você começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança."
Uma outra fase que bem se encaixa ao contexto é: "Aquilo que não mata te faz crescer."
E é exatamente assim que tem que ser...
Hoje posso dizer que não sou mais aquilo que fui ontem, tampouco o que fui há longas distâncias.
Escada superada degrau por degrau.
Muitas coisas se foram de mim, pessoas, sentimentos, desejos, sonhos, planos...
Entre estas, posso dizer que se foi embora "meu medo."
Perdi o medo de romper com meu passado. Perdi o medo de lutar por aquilo que acredito. Perdi o medo de sonhar...Perdi o medo de viver!
E aos poucos vejo as lacunas se preenchendo novamente.
Tudo novo!
Uma nova história se constrói a cada dia, ou melhor, a história continua a cada dia.
E se quer saber, tudo o que é novo me atrai. 
Adoro cheiro de livro novo!


_________________________________________
♪ "O tempo faz tudo valer a pena e nem um erro é desperdício.Tudo cresce e o início
Deixa de ser início e vai chegando ao meio. Aí começo a pensar que nada tem fim..." 


p.s  Ana Carolina já deve estar rouca de tanto cantar "o avesso dos ponteiros" aqui no meu pc. Rá

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Difícil decisão

Depois de um reveillon maravilhoso chegou a hora de voltar para a dura realidade...

Bem, mas difícil do que escolher jornalismo para tentar no vestibular, foi decidir se continuo ou não seguindo esta carreira. Suspeito que está tenha sido a decisão mais difícil de minha vida, até agora.


Sei que isto pode causar espanto para algumas pessoas, mas o fato é que já faz um tempo que venho tentando lutar contra uma voz que a cada dia vem crescendo dentro de mim que me diz que estou indo contras as minhas vontades.

Sempre pensei em ser jornalista. Na verdade, descobri que o que me aproximou do jornalismo foi o fato de eu gostar de escrever, a possibilidade de crescer como Ser humano através de uma análise crítica da sociedade, a filosofia e a sociologia, a possibilidade de me tornar uma intelectual, a possibilidade de escrever bem, as decorrentes viagens pelo mundo (hohoho, sonhou!), e o lado social que deveria existir, mas que pouco é exercido na área. Ahhh! e futilidade muuuuita futilidade, olha.

Fora o poder simbólico que a profissão carrega, do tipo:

- Ooooh você faz jornalismo? Que bacana!

Hahahaha, não sei o que se passa na cabeça desse povo. É até engraçado, as pessoas sempre dizem: “Hum...Qualquer dia desses vou te ver apresentando o jornal nacional.”

Hahaha, não é bem assim não gente...

Então que entrei na faculdade de jornalismo e de cara me apaixonei pelo curso. Achei tudo lindo e maravilhoso. E de fato, é uma linda profissão para aqueles que se dedicam e amam.

Mas depois de um tempo, logo no meu primeiro semestre me peguei desanimada com o curso.

Não sei bem o que gerou tal descontentamento a ponto de eu não conseguir me entregar de corpo e alma ao curso.E isso é de se estranhar, olha. Hehe (in off!)

Ainda pouco eu estava lendo um texto que postei aqui no blog falando sobre uma experiência que tive com uma professora que me fez por um certo período voltar a sonhar com a vida de jornalista. Eu acreditei gente, eu realmente acreditei que o jornalismo era a grande paixão da minha vida. Mas hoje descobri que não é, não mais...

Comecei a justificar meu descontentamento com o curso na falta de recursos da universidade pública, na pouca remuneração dos jornalistas, no desinteresse dos professores, entre outras milhões de coisas. Tudo o quanto pudesse retirar esta culpa de mim.

Eu comecei a me desagradar com tudo. Não estudava mais, a não ser quando tinha trabalhos ou provas. Comecei a ficar muito, muito decepcionada comigo. E isso afetou outras áreas da minha vida também.

Tinha dias que eu acordava e pensava: “Caraca, vou me levantar as 5:00h para ter tal aula?”

Gente, isso tá muito errado. Eu deveria estar feliz por isso não ??

Nem quando eu estava no cursinho pré-vestibular isto acontecia. Oh vida sofrida a do vestibulando heim? rs

Percebi logo que havia algo de errado, e de fato havia. Só que eu comecei a justificar este meu desinteresse na minha falta de dedicação. Eu pensei que eu não estava gostando porque não estava me dedicando como deveria.

Prometi que no segundo semestre tudo seria diferente. Que agora sim eu iria estudar.

O plano era me dedicar total ao meu curso. Pois bem, o segundo semestre também não foi diferente. Eu até consegui tirar lá meu excelente em algumas disciplinas mas... Continuava não me sentindo bem.

Quando minhas aulas terminaram dei graças a Deus, pois eu não agüentava mais diagramar jornal. Para aqueles que não conhecem o termo, diagramar é editar o jornal, toda a produção gráfica. Fiquei imaginando como seria minha vida dentro de uma redação depois de formada, se na faculdade eu já me sentia altamente estressada imagine quando eu estiver trabalhando.

E pensei que não é essa vida que eu quero pra mim, não quero viver uma vida de estresse.

Outra coisa que me desagradava bastante era escrever. Que loucura heim?

Pensei que eu iria adorar esta parte do meu curso. Afinal, este foi um dos motivos que me fizeram entrar para o jornalismo. Mas, tenho odiado.

EU (que fique bem claro), entendo o texto jornalístico como uma receita de bolo.

Você pode até ter um pouquinho mais de criatividade aqui ou acolá, mas não me atraí este tipo de escrita ou leitura, é mecânico.

E bem, eu demorei tanto tempo para me revelar na minha escrita, a me expressar. Para enfim, passar o resto da minha vida escrevendo com um limite mínimo de caracteres com todos os cuidados possíveis para não cometer um erro gramatical. Mais cuidado ainda para não escrever nada que possa ofender fulano ou ciclano... jogo de interesses.

Eu gosto de escrever porque isto me faz bem, me dá prazer. E acho que fazer disto uma obrigação não seria muito bom pra mim. Entende?

Tá, o bom do jornalismo é que se você não gosta de uma coisa você pode recorrer a outras. Pensei em telejornal, mas depois cai na real. Se você não é bonita e se não tem um bom QI(Quem indique) esqueça. (hahaha) Nada pessimista heim? Bem...

O rádio não me atrai...

Fora o fator financeiro que pesa e muuuito. É claro, não vou negar.

Meus pais tem investido muito em mim, eu devo, me sinto obrigada a dar um retorno pra eles. Embora, eu pense que eles não se importem muito com isso. Contudo, me sentiria muito infeliz se não conseguisse isto.

Tem gente que diz que professor ganha mal e é verdade. Mas nêgo, jornalista tá muito ferrado, recém-formado então...ulálláhh

Pensei então que depois de formada faria um concurso público para algum desses órgãos do governo (TRE, TJE, TRT...)onde pagam um pouquinho melhor, o suficiente para se ter uma vida traquila.

Mas de uns tempos pra cá venho pensando:

“Cara, vou passar 4 anos(no mínimo) da minha estudando para depois virar assessor de imprensa?”

Bem, nada contra os assessores, mas poxa, não foi por isso que entrei para o jornalismo. Eu queria ir para campo, ser repórter. Estar no meio do tiroteio, do fogo cruzado. Eu fantasiei! (uahsuahsuash)

Outra saída era me tornar professora ou pesquisadora, como muitos de meus amigos pretendem. Afinal, é a melhor opção que a universidade em relação ao meu curso oferece. Contudo, não me dá tesão pensar que vou passar uns 10 anos da minha estudando(e muito) para ganhar um salário, sem querer ofender, mixaria que ganha um professor de universidade. Injustamente, é claro.

Eu tiro minhas conclusões a partir de meus professores. São pessoas sem sombra de dúvidas super inteligentes, contudo, a maioria já passou seus 10, 15, 20 anos ralando nos jornais da vida para no final das contas se tornarem professor de universidade. E pior, coincidência ou não a maioria deles sofre de depressão. Se eles são felizes vivendo assim eu não sei. Mas acho que eu não seria feliz.

A única coisa que me agradou neste curso foi “a fotografia.” Mas bem, quem vive de fotografia neste país? Apenas aqueles artistas super talentosos, para mim isto é um dom. Que a propósito não é meu caso. Eu apenas admiro a arte, só isso.

E fora, o fato de que eu não vejo mais os jornalistas de hoje comparados com os de antigamente. São realidades muito distantes.

Fazer jornalismo hoje é poesia, sabe?

É pra quem tem muuita paixão pelo trabalho.

Sabe aquela velha história dos adolescentes apaixonados que não tinham um tostão furado, mas que em nome do amor decidiram se casar e foram morar embaixo da ponte?

Não dá pra saber se realmente eles foram realmente felizes...

É mais ou menos assim a situação. O futuro do jornalista é incerto. E embora, a vida seja repleta de incertezas, eu odeio incertezas. Hoje procuro estar o mais próximo possível da minha realidade. Contudo, isto não me impede de sonhar...

Eu parto do princípio de que se você tem paixão por aquilo que faz, se você se dedica, se acredita, nada impedirá o teu sucesso profissional. No jornalismo não é diferente, o reconhecimento vem da mesma forma. Mesmo que estejamos falando de um mercado muito sucateado de profissionais para uma quantidade pequena de oportunidades. Ainda mais quando você está em uma universidade pública, onde falta de tudo um pouco. Eu me perguntava que tipo de profissional eu seria depois que estivesse formada?

Não dá para tentar fazer comparações, cada caso é um caso no jornalismo. Que varia desde a faculdade onde você estuda até a sua capacidade profissional de fato.

Tenho plena consciência do meu potencial. E tenho certeza que dali daquela faculdade vão sair bons profissionais.

É necessário uma dedicação a mais, um empenho em dobro para estar entre os melhores. Como em toda profissão.

No meu caso, além de empenho, um estresse a mais, e isso na verdade é o que me preocupa.

Estou numa fase muito boa da minha vida, onde estou procurando me desfazer de tudo aquilo que não me faz bem...

Infelizmente, acho que o jornalismo é um destes elementos.

Eu pensava que eu iria mudar o mundo quando entrasse para o jornalismo. Aquariana, sacomé né? hehe

Tinha a ilusão de que o jornalista de hoje é o mesmo de antigamente. Não é. Mas vou nem entrar no mérito de discutir isso...

Bem, descobri que não preciso ser jornalista só porque gosto de escrever, porque quero aprender a fazer uma análise crítica da sociedade, porque gosto de filosofia e sociologia, fotografia, enfim...

Ao contrário, acho que seu eu continuasse seguindo esta carreira eu não ia ter tempo para estas coisas, porque jornalista trabalha 24h por dia.

Não preciso ter que encarar a vida dura de um jornalista por causa destas coisas. Eu posso fazer outras coisas na minha vida que não me impedirão de continuar gostando de tudo isso.

Acho que eu vou ajudar muito mais as pessoas, a sociedade, procurando viver uma vida saudável e a partir daí, do meu exemplo de vida ajudar os outros.

Eu preciso cuidar primeiro de mim para depois cuidar dos outros, entende?

Pode parecer uma atitude um pouco egoísta esta minha, mas na verdade acho que isto se chama “amor próprio”.

Eu descobri que minha vida pode ser muito melhor, muito boa mesmo se eu começar a retirar dela tudo aquilo que não é saudável para minha saúde física e mental.

Eu seria o ser humano mais infeliz do mundo, sem medo de errar, se no futuro eu percebesse que o tempo havia passado e que minha vida continuou no mesmo lugar. Em todos os sentidos.

Eu sinto hoje uma necessidade tremenda de cuidar da pessoa que eu sou. Eu também estaria arriscando minha vida, minha saúde mental, continuando a fazer algo que não me atrai mais.

As paixões mudam gente, as pessoas mudam, as vontades mudam, as crenças mudam, tudo muda. E eu sinceramente não tenho medo de mudanças.

Eu até suportaria tudo isso que falei do jornalismo se ainda fosse apaixonada pelo curso. Mas não sou mais. Saturou, como nos relacionamentos. (rs)

E olha, nada de bom nesta vida é feito sem paixão. E tenho dito!

Não sei se estaria sendo covarde decidindo sair do meu curso ou se continuando nele. Se bem, que até para ser covarde é preciso ter coragem, só pelo fato de ter que decidir não fazer nada.

Não sei se um dia vou me arrepender por isto, mas sinto que não...

Por isso, estou chutando o balde, quebrando o pau da barraca, abandonando o navio, rasgando o véu da viúva. Kkkkkkkk (e eu ainda acho isso engraçado? ¬¬)

Contudo, vou continuar admirando a coragem e determinação daqueles que decidiram fazer desta sua profissão.

Vou também sentir falta do suco de abacaxi com hortelã que tomava todos os dias na universidade. Das minhas voltas lá pela beira do rio, muito relaxante.

Vai ser um aprendizado que vou levar pro resto da vida o tempo que passei ali. Certeza!

As amizades que lá construi quero levar comigo pra sempre. Agradeço aos professores que me fizeram enxergar o mundo de uma outra forma... Mas é só.

Minha vida vai seguir por um outro caminho agora.

Vou começar do zero, de novo. E isto me deixa muito empolgada.

Agora to deixando o tempo rolar e colocar as coisas nos seus devidos lugares. E se tudo der certo e eu tenho FÉ que vai dar, Te conto!

Se não der certo viro hippie. Êêhhh to brincando! Hahahaha (sem graça)

Bjin,

Sucesso pra você também!
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Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo. Mas qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim. (Chico Xavier)


p.s provávelmente passarei a escrever com menos frequância por conta da minha nova rotina (escrota, rs) de estudos. Mas sempre que puder passo aqui para dizer como estou me saindo. Bjo